terça-feira, 14 de agosto de 2012

Desabafos de uma mãe

Gerei meus filhos com muito amor, dei a eles:
água, ar, terra, animais e alimentos.
Hoje, estes rasgam o meu corpo em busca das minhas riquezas,
poluem com dejetos a minha seiva, esta que irriga a vida.
Desmatam com fogo o cobertor que protege a minha pele e
por mais que eu chore pedindo socorro, não ouvem a minha súplica.
E, o que mais me entristece não é a desconsideração,
e sim a burrice...
Pois, preocupam-se apenas em enriquecer e não observam que,
esse progresso desordenado não significará nada daqui a alguns anos.
Estaremos tão vulneráveis que toda essa riqueza não servirá para nada.
Tanto conhecimento!
Mas, não reconhecem que estão se auto destruindo,
uma vez que somos únicos, fazemos parte um do outro.
Se ele morrer antes de mim, o receberei de braços abertos,
porque é meu fruto, mas se eu morrer antes deles, todos morrem comigo.
Pois, sou a vida.
Antes de mim, só o meu pai que me criou e chamou com todo seu amor de NATUREZA, a filha dos seus filhos.
Alexsandro do N. Ribeiro

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